O amor, como os corpos, como eu imaginava
Regressa ao seu cíclico torpor.
Ora é Sol, água e madrugada
Ora é chuva, sangue e horror!
Mas apenas os corpos ficam, no amor,
E tudo mais é plena fantasia.
É o que fica por mostrar - a dor!
É o que fica por fazer - a alegria!
Ainda assim, forcemos os nossos corpos
A viver como quem quer amar!
Porque a dúvida de ficarmos mortos,
É pior do que não o tentar!
Ricardo Costa
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