segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Hábito

 

Não era esperança, era hábito. Prazer da continuidade.


Seguimos o que repete, repetindo a própria vida.


Vendo e vivendo. Mesma fotografia, igual no tempo.


Eterna viagem. Eterno bilhete. Raso mutismo. 


Quantos quereres perdemos na injustiça do sono?


Repetição que se quer fragmentada. Nós como Nós.


Caminhos repetidos: A tristeza perene.


O ato de ser igual é nota sentida.


Tornamos hábito indumentária.


Mordaz e complacente hermetismo. 


Erroneamente vemos verde.


Onde o vazio abunda.


Somente o eco fala.


Pecamos por todos nós.


E assim repete.


Pecamos em nós.


É costume.


Hábito.


Regra.


É.

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