quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Nada me prende a nada

Nada me prende a nada
se a nada me prendi,
e sem nada, pobre coitada
desta alma que não se ri.

Qualquer coisa me valia,
se ao amarrar pudesse
fingir que existia
ou esquecer que o soubesse.

Quero ser corda de laço
com cego nó apertar
ficar em embaraço
e, desembaraçado, des(a)pertar!

Ricardo Costa

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