segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fragmentos

1

O som que o nada faz,
ferve de solidão,

e só se ouve, quase,
o nó da garganta a estalar

para lá do céu morno.

2

Grande
e
Pequeno

Assim é o coração
como um cego o vê.

3

Tu vais e vens
como quem vem e vai

e é assim, vazia,

que te assemelhas a mim

4

As horas dizem as horas
que o medo cura com sono

se é de relógio errado

fecha os olhos e dorme
com medo de acordar morto!

5

Os mares são tantos como são os céus,
só que nínguem se importa.

Ricardo Costa

Sem comentários:

Enviar um comentário