sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Não fui quem julguei ser

Fui tudo que não pude ser
Concluindo, não fui nínguem
Morri sem sequer viver
esquecido de ser alguém.

Alimentei-me de pensamento
Já que morto estava
Engordei de desalento
E lembrei-me de ser nada.

Tivesse eu sido vivo
E lembrado de esquecer
Que mesmo se esquecido
Não fui quem julguei ser.

Ricardo Costa

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