segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um poema

O poema acaba sempre que devia começar. No início
Deixem-no vaguear pela tinta de toque suave
Letra a letra, palavra a palavra. Sem desperdício
Até que o ponto do fim apareça e o acabe.

Deixem-no dormir de sono, e hibernar na solidão.
Comecem a leitura a meio e acabem onde começa
Aí sim, desapertem as correntes ao coração
E recebam o fim, que do papel tropeça.

Ricardo Costa

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