Um Outono é tão breve de segurar!
Os seus sóis doirados olhamos
de fascínio preso; passamos
à fantasia que é relembrar.
Depois da noite, cresce
O desprevenido da excitação.
Se nada é Inverno que nos tire o sono!
Que levemente desaparece
Tais os cordões do coração
Que se vão rendendo ao abandono!
Uma folha entre o sonho e a poeira
Da Primavera em enlaces falsos
O estender na relva molhada
O ligeiro prazer da cilada
Do molhar dos pés descalços
Quando o Verão aquece na areia.
Ricardo Costa
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