Sempre quis saber o que sou,
mas sempre tive receio de o fazer...
essa questão assola a minha alma,
fazendo-me sentir arrepios de vontade...
vontade de descobrir.
Neste momento ou um fantasma de mim mesmo...
um vazio numa vastidão imensa...
sou um nada, mas ao mesmo tempo um quase tudo,
porque tenho a noção do nada que sou...
almejo o conhecimento, mas isso traz-me insegurança...
almejo o saber, mas isso traz-me infelicidade...
e esses sentimentos percorrem-me, mais fortes que a minha vontade de viver...
mais fortes até que a própria vida, provavelmente.
O meu ser está disperso,
fragmentado mo interior de um espaço gigantescamente pequeno que é o meu corpo...
mas fora isso...eu sou eu...
mas o que sou eu?
Essa é a questão que perdura.
Ricardo Costa, O Caçador de Sonhos
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