As vozes que dentro de mim
Silenciadas estão,
Fazem-se ouvir mesmo assim
Na minha eterna solidão!
Qualquer som proferido,
Que na garganta me provoca
Um querer falar reprimido
Desta agonia que me sufoca...
Louco sou, por louco ser,
Finjo em mim a sanidade.
Já que me dou por esconder,
De mim, a minha identidade.
A essas vozes então, sou eu,
Eu que fui mas já não sou.
Que, entre mortes, percebeu,
Que só a loucura lhe sobrou!
Ricardo Costa
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