quinta-feira, 18 de setembro de 2025

A fervura do invisível

O invisível arde, firme e sóbrio
Ferve como uma solidão intensa
Transparentemente dele, próprio
Que incendeia sem ter presença.
 
Cada gota que o corpo alimenta
Procurando prender o ar em si
Incómodo que já não se aguenta
Sensação de não estar aqui.
 
É como um sorriso indefinido
Vestígio de calor residual
Uma miragem: abraço sentido
Secura que roça o paranormal.
 
É feito à minha imagem: oculto
Mesmo as lágrimas são mar quente
Toda a vida se torna insulto
Se deixarmos o calor dormente. 
 

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