quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Poemas de silêncio e ruína

 a)

Sodomiza os meus versos
Sê quimérica;
Mostra a audaz cobardia
Simulando
Um rumor utópico
Do maior
Provérbio de amor!
Emudece
O troar do sossego
E concebe
Sem dó
Com piedade
Um relato vazio
Da narrativa muda.
 
b)
 
A presença da ausência
Um terror
Um tremor
Vassalo sem falência
Uma dor
Um calor
Satura a consciência
Um pudor
Um amor
Conveniente demência
Um rancor
Um furor
Essência da cadência! 
 
c)
 
E um cansaço
Um corpo falido de uma comoção
Comprada
 
Subornar alegrias
É um propósito
Intento a tentação das tentativas
Alienado
Por um fatalidade motriz.
 
Sucumbo
Ao júbilo da inocência
Que é ser inexistente.
 
O declínio do ser
 
O escombro da vida
 
A ruína e o silêncio. 

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