
"Sou um criador, dá-me a mão e caminhe-mos juntos"...
Diz e volta a dizer o mestre que me ensina as equações do destino.
A sua sombra imita a minha,
e em conjunto percorremos aquela estrada que no fundo é sempre a mesma!
Procuramos a nossa casa...
Aquela feita da pedra que é retirada do nosso coração e onde o tempo perde significado.
Dizem que foi feita por um ilusionista...
Eu digo que foi feita das recordações perdidas que espelham a nostalgia de uma vida feliz...
Tento inverter a maré!
O que foi desfeito desfeito está, e só me restam as quatro paredes onde o eco da solidão se faz ouvir...
Mas a porta está fechada.
Reza a lenda que existiu uma chave...E ela viajou esse Mundo de milagres em busca de novas portas que pudesses abrir...
Contudo...
Sozinha e sem mestre...perdeu-se...
E a casa ficou fechada por eras e eras de um passado interminável.
Finalmente encontrei-a...
Fui para a casa que nunca deixou de existir lá na memória gravada de um desenho feito por uma criança...
A porta abre-se com um sorriso...
Entro...
Sem me preocupar com o resto digo, "Daqui não saio mais"...
Estou na minha casa, onde posso ser eu próprio!
"Com licença"....
Ricardo Costa, O Fazedor do Destino
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