Cai e permanece, chuva que limpa as minhas impurezas...
Estático debaixo dela sou um pedaço de gelo que se separou dos seus!
Agora não o sou mais...
Só conto com a chuva, a minha companhia de momento.
Ouço o seu murmúrio lacrimoso e tento conforta-la junto a mim, o meu calor assassino pratica um dos sete pecados...
As impurezas sentem-se de novo!
Julgo que nunca me abandonaram... tenho tantas que é difícil mexer-me no meio do seu transito.
A culpa é dos engenheiros da fábrica dos pesadelos que me tornaram num modelo do caos...
A dor é a única coisa que me move!
Mas não comove...
Sou um Deus satânico nascido para trazer o mal...
Com ele vem a chuva exótica que me molha...
Corrói, desfaz, tritura... essa chuva que venero derrama-se no chão tingido de vermelho.
É sobre ele que ando e permaneço o mesmo,
Fazendo círculos intermináveis e voltando ao ponto em que a chuva me tirou tudo...
Mas eu nada tinha... Sou um mendigo do novo mundo e como esmola peço um pouco de Sol na minha vida.
Porem, ninguém olha duas vezes!
Seguem o seu caminho enquanto a chuva afoga o meu corpo...
Deixo-me levar pela corrente.
Perdido e sozinho, achei-me na esquina amarga da rua sem nome,
mas não era eu...
Era aquele que eu queria ser!
Tento fazer conversa mas a chuva enfraquece os meus sentidos, nada ouço...
Uma mão amiga estende-se...
"Toma um Guarda-Chuva"
Caminho de mão dada com a minha nova vida...
A chuva exótica fica para trás!
Ricardo Costa, Eu mesmo xD
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