Vivo no vazio,
onde procuro a solidão.
Aceito aquele frio
quando me estende a sua mão.
Agarro muito bem,
aperto-a junto a mim...
Já que não tenho mais ninguém
ela servirá para esse fim.
Será minha amiga,
minha amante de perdição.
Mostrar-lhe-ei a minha ferida,
lhe darei meu coração.
Pode brincar com ele,
com cuidado para não cair...
não sei que será dele,
se de vez se partir.
Ricardo Costa, O Mercador de Pesadelos
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