Nas areias da tua praia
No mar,
o vento que cobre
e espalha no veludo do céu
a imagem,
apenas uma sombra pálida da
réstia do ser,
que imerge nas ondas
que te banham de espuma
os pés.
Bate assim, suave e forte,
papagaio solto,
vagabundo nesse vento de quatro sóis!
Ondas de cristais,
barco à vela no arco-íris do
teu sorriso aberto,
e morre!
Por-do-sol que fecha o ciclo
de vida e
anuncia uma nova,
serena e calma, areia
preta da noite vadia...
Arde frio, fogo meu!
Areia declama prazenteira,
em si o é no
pranto orgulhoso de uma
nova era.
Fulgor do recital dos pássaros
que se escondem
para lá do horizonte!
Olhar cego,
fala para se ouvir
no infiel lapidar da pedra
vermelha que cai
nessas areias de trapos!
Estrépito da flora
atrofiada,
goza do augúrio complacente
a ironia do castanho,
o sarcasmo do azul,
e o amarelo indizível.
Praia de areias,
momento de areias,
vida de areias,
no areal das areias brancas!
Sai! Ó Demo mortal!
Deixa a patranha do não ser
e confina a emancipação
da praia que falo!
Deixa a lamúria dessas areias
ecoar no vácuo,
na solidão...
E ficarem assim...
Mudas!
Essas areias da tua praia...
Permanecem pelo tempo,
fazem o tempo!
O tempo faz-te,
e deixa que as vejas...
toca-lhes,
sê feliz!
Vive essas areias,
acarinha a tua praia e
conhece-te!
Praia tua!
Areia tua!
Vida tua!
Ricardo Costa
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Poeta de gente
Poeta de gente,
finge o sofrer,
esconde o que sente,
metade do viver!
O que é, ele finge,
ser sem o ser,
O que a alma restringe
só lhe resta morrer!
É poeta sem jeito,
é pessoa sem nada,
é de coração desfeito,
e de sina amaldiçoada!
Poeta do tempo,
poeta da farsa,
poeta do desalento,
por ventura da desgraça!
Vive para morrer,
morre para se realizar,
mas morre para viver,
pelo menos noutro lugar!
Fica assim perdido,
poeta de gente,
no seu mundo remetido,
na sua morte, sorridente!
Ricardo Costa
finge o sofrer,
esconde o que sente,
metade do viver!
O que é, ele finge,
ser sem o ser,
O que a alma restringe
só lhe resta morrer!
É poeta sem jeito,
é pessoa sem nada,
é de coração desfeito,
e de sina amaldiçoada!
Poeta do tempo,
poeta da farsa,
poeta do desalento,
por ventura da desgraça!
Vive para morrer,
morre para se realizar,
mas morre para viver,
pelo menos noutro lugar!
Fica assim perdido,
poeta de gente,
no seu mundo remetido,
na sua morte, sorridente!
Ricardo Costa
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Serei livre...
Reina a sombra! Sol que morre!
Esconde a cara, destino meu,
forja o fado, prazer só teu,
vida gelada que ainda corre!
Mudança quero! Para eu a ter!
Ser desejo, livre o sou...
Almejo tudo o que não sobrou,
anseio tanto, o meu querer!
E sem rumo, alma vagueia...
Réstia de ser o que escasseia,
procura no fundo a identidade!
Caminho cego, escolherá...
Sendo o futuro amanhã,
enquanto saboreia a liberdade!
Ricardo Costa, para a Daniela
Esconde a cara, destino meu,
forja o fado, prazer só teu,
vida gelada que ainda corre!
Mudança quero! Para eu a ter!
Ser desejo, livre o sou...
Almejo tudo o que não sobrou,
anseio tanto, o meu querer!
E sem rumo, alma vagueia...
Réstia de ser o que escasseia,
procura no fundo a identidade!
Caminho cego, escolherá...
Sendo o futuro amanhã,
enquanto saboreia a liberdade!
Ricardo Costa, para a Daniela
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Segue-me, Paixão!
Segue paixão! Segue meus passos!
Leva-me junto, de mão dada,
dás-me a vida, alma amada...
Aproveitando os momentos escassos!
Contigo o sou! Fui! Serei!
Puzzle da vida foi completo,
amor que sinto, amor correcto,
paixão juro! Não te esquecerei!
Dás-te a mim, meu presente,
Afastas o tédio do coração dormente,
ao que vale dás valor...
Sem receio, permaneces imutável...
Paixão que tenho, inesgotável...
Paixão no fundo que é Amor.
Ricardo Costa, para a Vânia
Leva-me junto, de mão dada,
dás-me a vida, alma amada...
Aproveitando os momentos escassos!
Contigo o sou! Fui! Serei!
Puzzle da vida foi completo,
amor que sinto, amor correcto,
paixão juro! Não te esquecerei!
Dás-te a mim, meu presente,
Afastas o tédio do coração dormente,
ao que vale dás valor...
Sem receio, permaneces imutável...
Paixão que tenho, inesgotável...
Paixão no fundo que é Amor.
Ricardo Costa, para a Vânia
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Saudade, acompanha-me...
Esquecimento da hora! Se perde o tempo!
Sozinho me deixa, a saudade,
busca sem fim pela liberdade,
lutando na maré de desalento!
Sinto o frio! Já não sou!
O que fui serei, no meu desejo,
morte na vida que almejo,
sorte danada que já não durou!
Fica comigo, minha amada!
Saudade de tudo! Saudade de nada!
Vida no fio, segue caminho...
Me deixa só, presa a mim,
caminhemos juntos para lá do fim,
onde, contigo, não estarei sozinho!
Ricardo Costa, para o Ema (mais uma vez)
Sozinho me deixa, a saudade,
busca sem fim pela liberdade,
lutando na maré de desalento!
Sinto o frio! Já não sou!
O que fui serei, no meu desejo,
morte na vida que almejo,
sorte danada que já não durou!
Fica comigo, minha amada!
Saudade de tudo! Saudade de nada!
Vida no fio, segue caminho...
Me deixa só, presa a mim,
caminhemos juntos para lá do fim,
onde, contigo, não estarei sozinho!
Ricardo Costa, para o Ema (mais uma vez)
De pensamento vago...
sábado, 15 de maio de 2010
O fluir da tristeza...
Flui, tristeza! Pelo rio de prata...
Cascata em flor que cai no chão,
derrama infelicidade, o coração,
sentimento que não vive mas mata!
Pedaços de mim o vento reclama!
Tristeza que foge pela rua fechada,
roubando recordações! A alma penada!
Vida fria que apaga a chama!
Sei a palavra! Tristeza: Dói!
Escrita antiga que me corrói...
Abutre seco que de mim leva tudo!
Desenho de medo! Cor de morte!
Palavra medonha que aprisiona a sorte,
E de tanto doer me faz ficar mudo!
Ricardo Costa, para a Rute
Cascata em flor que cai no chão,
derrama infelicidade, o coração,
sentimento que não vive mas mata!
Pedaços de mim o vento reclama!
Tristeza que foge pela rua fechada,
roubando recordações! A alma penada!
Vida fria que apaga a chama!
Sei a palavra! Tristeza: Dói!
Escrita antiga que me corrói...
Abutre seco que de mim leva tudo!
Desenho de medo! Cor de morte!
Palavra medonha que aprisiona a sorte,
E de tanto doer me faz ficar mudo!
Ricardo Costa, para a Rute
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Ser que Chora, Ser que Ri...
Ouvi um riso! Mas chora a alma!
Permanece parada, estática, calma
Enquanto imagina o que ser
fazendo planos para depois viver!
As lágrimas vão! Descem o corpo!
O riso acompanha o maestro perdido
notas que fazem o meu futuro esquivo,
Ficam extasiadas pelo meu fado torto.
Fico eu mesma! A rir e chorar...
Vivendo num mundo que é só meu
Fantasia de Julieta e também Romeu,
Sonho de vida que não quero mudar!
Ricardo Costa, para a Vânia
Permanece parada, estática, calma
Enquanto imagina o que ser
fazendo planos para depois viver!
As lágrimas vão! Descem o corpo!
O riso acompanha o maestro perdido
notas que fazem o meu futuro esquivo,
Ficam extasiadas pelo meu fado torto.
Fico eu mesma! A rir e chorar...
Vivendo num mundo que é só meu
Fantasia de Julieta e também Romeu,
Sonho de vida que não quero mudar!
Ricardo Costa, para a Vânia
Tédio
Corro sem mexer! Quieta estou!
Cansaço da vida cobre meus ombros
peças de mim caem aos tombos
e eu paro onde meu corpo parou!
Sinto que é falso! Agonia do nada!
Tédio de viver a vida cansada...
Rosto deformado conhece o desalento
enquanto aprecia a monotonia do tempo!
Cinza e preto! Cores da vida,
pintam a minha sina escondida...
tentando dar um novo alento!
Aguardo então sua chegada,
se é de tédio, continuo parada,
esperando, finalmente, o meu momento!
Ricardo Costa, para a Patrícia
Cansaço da vida cobre meus ombros
peças de mim caem aos tombos
e eu paro onde meu corpo parou!
Sinto que é falso! Agonia do nada!
Tédio de viver a vida cansada...
Rosto deformado conhece o desalento
enquanto aprecia a monotonia do tempo!
Cinza e preto! Cores da vida,
pintam a minha sina escondida...
tentando dar um novo alento!
Aguardo então sua chegada,
se é de tédio, continuo parada,
esperando, finalmente, o meu momento!
Ricardo Costa, para a Patrícia
Alma solitária...
Ser vadio! Vagueia sem rumo!
Caminha pela estrada de sentido único,
abraçado ao vazio, permanecendo perdido
amando o amor que já foi esquecido!
Alma só, companhia procura!
permanece no escuro para lá do dia,
Sombra de vida, fina e esguia,
solidão que fica na morte tua!
Vai e vem! Solidão desfeita,
sentimento de culpa que me dá a mão,
prende e fecha meu coração
Admirando ao longe a vida perfeita!
Ricardo Costa, para o Ema
Caminha pela estrada de sentido único,
abraçado ao vazio, permanecendo perdido
amando o amor que já foi esquecido!
Alma só, companhia procura!
permanece no escuro para lá do dia,
Sombra de vida, fina e esguia,
solidão que fica na morte tua!
Vai e vem! Solidão desfeita,
sentimento de culpa que me dá a mão,
prende e fecha meu coração
Admirando ao longe a vida perfeita!
Ricardo Costa, para o Ema
Nervos à flor da pele!
Formigueiro percorre meu corpo!
Sinto mais! Faz-se Sentir!
Receio, por ventura, que possa partir,
deixando sozinho meu sentimento morto!
Pura raiva! Raiva Pura!
Nervos florescem da minha alma,
sentimento que fica e perdura
destrói qualquer paz e ameaça a calma!
Faz doer sem dor sentir!
é o narcótico que me faz dormir,
sentimento incorrecto que lá permanece!
Nervos, nervos! Meus amigos,
Juntos e sós, momentos perdidos,
sentimento hipócrita que o tempo arrefece!
Ricardo Costa, para a Diana
Sinto mais! Faz-se Sentir!
Receio, por ventura, que possa partir,
deixando sozinho meu sentimento morto!
Pura raiva! Raiva Pura!
Nervos florescem da minha alma,
sentimento que fica e perdura
destrói qualquer paz e ameaça a calma!
Faz doer sem dor sentir!
é o narcótico que me faz dormir,
sentimento incorrecto que lá permanece!
Nervos, nervos! Meus amigos,
Juntos e sós, momentos perdidos,
sentimento hipócrita que o tempo arrefece!
Ricardo Costa, para a Diana
Ânsia (de viver)
Suores frios me molham a cara,
formam textura de rosto incerto...
Lutando contra o sentimento que não pára,
a vontade de ter o que de mim não está perto!
Vivo assim! Ânsia de ser!
Vontade crescente de ser melhor
ânsia maluca de não sentir dor,
sentimento ingrato pela paixão do viver!
Fico então, igual e diferente,
Ansiando, por vezes, constantemente,
Querendo tudo o que a vida tem,
amor, alegria e tudo mais que dela provem.
Ricardo Costa, para a Eliana
formam textura de rosto incerto...
Lutando contra o sentimento que não pára,
a vontade de ter o que de mim não está perto!
Vivo assim! Ânsia de ser!
Vontade crescente de ser melhor
ânsia maluca de não sentir dor,
sentimento ingrato pela paixão do viver!
Fico então, igual e diferente,
Ansiando, por vezes, constantemente,
Querendo tudo o que a vida tem,
amor, alegria e tudo mais que dela provem.
Ricardo Costa, para a Eliana
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Angústia

Reconheço a tortura! De alma fria!
Casaco de forças que me prende sozinho
mantém-me afastado do certo caminho,
levando-me a rasto pela errada via!
Permaneço eu mesmo! Pensamento vago!
Perdido achei-me para lá do vento
sozinho com o meu triste desalento,
provando a angústia num só trago!
A memória sozinha, apagada será!
Rasteja e implora pelo sabor de amanhã...
Luta inútil que pensa em vencer!
Sentimento vago que lá permanece,
a angústia da vida que esmorece...
O sabor que se sente sem viver!
Ricardo Costa
Dá-me um abraço

Dá-me um abraço de corpo cheio,
para acalmar a solidão!
Envolve-me sem qualquer receio
de encontro ao teu coração.
Fechas os olhos e abres a porta,
perguntas-me se quero entrar
no mundo surreal para lá da derrota,
mundo só meu para me abraçar.
Fico feliz, as lágrimas correm.
Abraço de vida, de amor e respeito,
tento conter mas elas não morrem
e perdem-se neste momento perfeito.
Ricardo Costa
sábado, 8 de maio de 2010
Quadra para ti
Ponho um pé à frente do outro e dou passos incertos...
Caminho perdido por sentimentos desertos...
Tentado em desespero encontrar um escape...
Fugir da solidão e por fim...amar-te.
Ricardo Costa
Caminho perdido por sentimentos desertos...
Tentado em desespero encontrar um escape...
Fugir da solidão e por fim...amar-te.
Ricardo Costa
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Eu (Visão do Eu por um Eu desgastado)
.jpg)
Rio com a tristeza, minha amiga
Infeliz o sou
Com nada que o faça parar!
Amo...apenas isso, e
Reprimo-me por tal acto
De loucura, de insanidade...
O meu desespero toca o céu!
Mais e mais...e mais ainda,
Incompreensível até ao último pedaço...
Guio-me pela estrada da amargura,
Uivos de dor na garganta
Enquanto o Sol se põe, e a
Lua me dirige para as trevas.
Finjo e digo está bem...
E realmente acredito nisso, no relativo,
Receio não acreditar, e
Renuncio ao que poderia ser se...!
E Continuo só pela estrada fora...
Inválido e inútil, chamo-me de
Rei, mas sou um mendigo que
Ama enganado!
Dói, sim...saber que esse
Amor é apenas uma sombra que foge ao escuro!
Construo falsidades, alucino e fico preso
Onde mais livre deveria ser...
Sei que sei que não sei e
Também pouco me importa...
Apenas...Amo, e assim me faço!
Ricardo Costa
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Palavras (de uma vida oprimida)

Palavras,
sons soltos que escrevem a alma
e esboçam o desenho
que a dor pinta de cor diferente...
São ritmos vazios, cheios de um
nada que oprime e provoca a tempestade
que derrama o sangue
sobre a cabeça que se levanta!
Já perderam significado material!
Vestígios do que foram outrora, já
fazem de si próprios
o purgatório que semeia a desgraça!
São palavras cheias...
de nada!
Digo as palavras sem dizer,
os blocos de gelo ficam a chuva que
molha e transmuta...
As ondas da maré levam-me a apreciar
o fim para lá do que foi dito...
Ponho um pé à frente do outro, e
dou passos incertos...
Não saio do sítio e tipo folha caída
desço a colina de amargo sentimento!
Caio!
Levanto-me!
Falo!
Palavras que nada dizem,
mas que dizem o que não quero dizer...
São palavras...
Ódio,
Amor...
Desgraça,
Sorte...
Solidão...
Desespero...
Raiva!!!
Palavras secas, perdem-se
na floresta cerrada que a mente
teima em construir...
Labirinto de sentidos, onde a falsidade se esconde!
Malditas...
Sou mudo e cego, mas
falo e vejo como ninguém...
Ajuda-me!
Ninguém ouve...
Afinal, "Socorro" é apenas mais uma palavra...
Entre tantas...
Ricardo Costa
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Amor que procuro (sombra dele pelo menos)...
Sombra de vida

Preso na vida, oprimido,
vivo sem viver...
Torturado, ameaçado e perseguido
desejando o que não posso ter!
Vivo na sombra, no escuro
acarinhando a solidão...
Permaneço então no obscuro,
dando largas à frustração!
Anseio o frio que demora,
aquele que me pode salvar...
Anseio tanto, espero a hora
hora em que deixarei de me importar!
Ricardo Costa
Gestos Vazios

Levanto a cabeça, de sorriso leve
escondo as lágrimas no ombro
que conforta o desgosto,
o coração grita para lá das grades de ferro!
Apanho a mão caída, o frio
aquece esta solidão que me amarra...
e faço gestos vagos,
permaneço afastado do que afastado foi.
Abro os braços ao céu despido,
ondas de desespero afogam-me no vazio.
Sinto mais, mais e mais e mais!!
Abro os olhos para curar esta cegueira
e vejo....escuro!
São apenas gestos... gestos vazios!
Nada afasta a amargura!
Ricardo Costa
domingo, 2 de maio de 2010
Mãe

Mãe,
tu és a brisa onde a palavra vagueia,
mar cheio que
acolhe o céu e dita o ritmo.
És um vazio para me aconchegar
e um todo para me fazer...
Mãe, és um rio que atravessa
e leva consigo o peso das minhas preocupações,
és a estrela que me guia
e ilumina as sombras que antecedem o que sou!
Livro que me ensina,
nos teus braços crias-te o amor que te dedico,
Obrigado Mãe...
Obrigado...
Ricardo Costa
sábado, 1 de maio de 2010
Flores

Flor de desengano, a alma
conquista e seu dom manifesta
perde-se na estrada e
encontra quem a colha.
Foge de mim aproximando-se,
fica mais longe da mão estendida
vermelho de ira que cega, o
olfacto que traz o som na bagagem.
Ramo vago, flor que se vai
dou-te um abraço de corpo vazio
papel solto, entrego em branco
escrita vadia que te aconchega.
Ricardo Costa
Sem sentido...

Fechado em espaço aberto,
amor preso, corre livre
caminha sobre o Sol que se deita
qual pássaro de voo raso.
Vê no fundo o que não é, sente
o vento, apanha a flor
junto e só, me dá a mão
o irreversível que chama o ódio.
Amo nada amando tudo,
raiva fria que me queima e mata
permaneço para lá, perdido e achado
amaldiçoando a sombra desfeita.
Ricardo Costa
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