sábado, 1 de maio de 2010

Flores


Flor de desengano, a alma
conquista e seu dom manifesta
perde-se na estrada e
encontra quem a colha.

Foge de mim aproximando-se,
fica mais longe da mão estendida
vermelho de ira que cega, o
olfacto que traz o som na bagagem.

Ramo vago, flor que se vai
dou-te um abraço de corpo vazio
papel solto, entrego em branco
escrita vadia que te aconchega.

Ricardo Costa

Sem comentários:

Enviar um comentário