
Flor de desengano, a alma
conquista e seu dom manifesta
perde-se na estrada e
encontra quem a colha.
Foge de mim aproximando-se,
fica mais longe da mão estendida
vermelho de ira que cega, o
olfacto que traz o som na bagagem.
Ramo vago, flor que se vai
dou-te um abraço de corpo vazio
papel solto, entrego em branco
escrita vadia que te aconchega.
Ricardo Costa
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