sábado, 4 de setembro de 2010

24.00h

é o espelho

embaraços

pés entrelaçados

lábios secos
poesia
doces amargos

lutadores de rua

casas caídas
hoje
gatos pardos

pradarias despidas

mulheres da vida
lua
carros de mão

pincéis de papel

paredes pintadas
olhares
sinfonias melódicas

prazeres discretos

saber irónico
vazios
mato rasteiro

frutas coloridas

pedras no caminho
cabelos
vento distraído

sopros e suspiros

corações despedaçados
nuvens
força mística

saltos de tempo

raios de luz
comboios
sorrisos de amor

figuras em sombra

vestidos de malha
moedas
esquinas e bebidas

cheiros afrodisíacos

colares de ouro
seios
ruas mal iluminadas

sons ocos

instrumentos sem som
ritmos
silêncio inesperado

saudades

gestos vazios
portões
passadas de desrespeito

delícias de inverno

tempo de verão
primavera
chuvas de outono

escritas sem sentido

papel deformado
rosto
olhos de louco

fotografias de noite

barulhos esquisitos
vozes
imagens perdidas

paraíso terreno

ladrões de tesouro
mapa
cama desfeita

minha casa

corpo deitado
morte
vida já passada.

meia noite

novo dia
sol
renascimento

Ricardo Costa

Sem comentários:

Enviar um comentário