quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quanto da vida são momentos não aproveitados?

Quanto da noite são imagens tuas?
E, de todos os arrepios que me ofereces
em vozes soluçadas,
qual deles tu realmente queres dizer?
Acredito que só me amas parcialmente,
em horas definidas
mas que acabam tristemente sós...
Nem sempre é o tempo que se atrasa,
o amor pode
fazer as horas se esquecerem.
E tu julgas-te cega...
Ao fechar os olhos inocentes
e fazendo por não acreditar!
A prisão de um mundo opaco de sentimentos
é um passo em direcção à morte,
caminha com cuidado...
Quantos buracos achas que tem o chão que pisas?
Ampara-te em mim.
Ampara-te ao nós que quero inventar
e, se conseguires,
ouve as pisadas do meu coração pois, lá
no escuro, ele sabe o caminho
mais seguro para tu atravessares...
Aproveita!
Quantas vidas achas que podes amar?
Morre e vê por ti,
todos os demónios têm a tua história de solidão!
Vive de maneira diferente...
Sorri para fora,
sorri para dentro...
Sorri ao mundo e espera o troco de braços abertos.
Deixa os teus medos cair
chora as tuas desgraças
percebe-te igual a todos, mas diferente o suficiente...
Quanto da vida são momentos não aproveitados?
Não faças caso,
envolve a tua mão na minha que se estende,
e, deixa que a vida se desenhe
em pedaços de alegria que possas guardar no coração!
Recorda.
Ama.
Vive.

Ricardo Costa

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