Ás vezes só me apetece dormir e deixar as escritas para quem as sabe,
E quem as sabe se não eu, que tudo julgo saber?
Escrevo pensamentos como o vento fustiga as árvores solitárias,
E cada uma ama-se a si,
Onde o amor é só um pensamento que faço brotar do chão!
Amar cansa o pensamento...
Eu que me esqueço de dormir para acordado imaginar que sonho,
e o sonho escreve a solidão da noite passada em claro,
Nem sei!
Do quanto do desejo de não escrever se faz a minha vontade de pegar a caneta!
Todo eu sou um farrapo de desejos,
Se ao imaginarem os desejos os virem sem pernas para andar!
Se vejo a mão, por ironia sou cego de outros sentidos
Mas só o sono me é privado aquando a altura de me desejar uma morte!
Deixai esta alma deitar-se sobre o seu leito de inexistência,
E perder-se nas montanhas de rabiscos que a sua respiração desenha no ar gelado!
Por ventura a escrita será mais que o meu sangue
E eu morrerei num último capítulo que a minha alma encena!
Finalmente o sono...
Ricardo Costa
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