O chão é um pássaro sem assas
criado por um suspiro de brisa.
Uma doença que ainda nos esquece
de uma cabeça pendura ao pescoço
solto. Em mares não sabidos
queimam as mãos os corações
que há boca levam uma treva
que come lentamente a poeira.
A resposta, disse, não entregada.
Aceitada em vão em caminho
dos pés que se torcem, e caem
as cobras que te enfeitam as orelhas.
Eu digo, calo-me, falo e grito,
ao falar de boca fechada ao mundo.
A raiz da lágrima brota em solidão
pois já o Sol não me ilumina o dia!
Esquece o que não há para recordar!
Ela, nada, tu, menos
Esse querer é uma árvore morta
quando um dia te esqueças de mim...
Ricardo Costa
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