Não, não queiras caminhar pelos meus passos
pelos erros que matam
morremos
vivendo lentos e vacilantes sem correrias
e sós
só nós
e uma velha dor presa com alfinete enferrujado
ao peito desfeito!
Já foste nada!
Já foste tudo!
Agora és o que poderias ter sido...
Tu és o não da resposta errada e o talvez da incerteza,
és um acaso certo
o desenho inacabado que o tempo interrompeu.
És a estrada que liga a nenhum lado, e vai directa ao meu coração!
Onde vives, uma ponte de corda fraca...
Onde morres, uma tesoura de lâmina afiada...
Renasces.
Desapareces e reapareces numa espessa ilusão romântica,
uma curva em caminho
uma contra-curva em nó cego...
Uma lágrima caída
Um barulho estridente
Um adeus sussurrado
Um amor tão longínquo como a eternidade!
Ricardo Costa
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