"Ouvi da minha desdita"
Que me atacou de surpresa
Pois silenciosa se fica
Ao fazer de nós sua presa
Ataca assim de repente
Sem sequer se importar
Que nosso coração aguente
Sem pensar em parar
Dizem que não faz por mal
Que é sua natureza
Mais forte que um vendaval
Essa amiga da tristeza
Palavra muito reservada
Mas que mostra grande efeito
Desdita que nos amarra
Um canhão ao "Eu" perfeito
Por isso então teme-mos
Sua temível forma má
Que nos tira o que temos
O que não temos e mais sei lá
Sempre pensei para mim
Nós somos os tais culpados
Com a verdade e mesmo assim
Continuamos sempre errados
É como a nossa paga
Pelos erros cometidos
A história que morta acaba
Num dos esgotos esquecidos
Para a próxima será diferente
Dizem muitas almas isto
No seu acreditar falsamente
Mas o fim já está previsto
Seja qual for o caminho
Vai haver o tal desfecho
Uma vida sozinho
Ou a morte que prevejo
Ricardo Costa
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