terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Ouvi da minha desdita"

"Ouvi da minha desdita"

Que me atacou de surpresa

Pois silenciosa se fica

Ao fazer de nós sua presa

Ataca assim de repente

Sem sequer se importar

Que nosso coração aguente

Sem pensar em parar

Dizem que não faz por mal

Que é sua natureza

Mais forte que um vendaval

Essa amiga da tristeza

Palavra muito reservada

Mas que mostra grande efeito

Desdita que nos amarra

Um canhão ao "Eu" perfeito

Por isso então teme-mos

Sua temível forma má

Que nos tira o que temos

O que não temos e mais sei lá

Sempre pensei para mim

Nós somos os tais culpados

Com a verdade e mesmo assim

Continuamos sempre errados

É como a nossa paga

Pelos erros cometidos

A história que morta acaba

Num dos esgotos esquecidos

Para a próxima será diferente

Dizem muitas almas isto

No seu acreditar falsamente

Mas o fim já está previsto

Seja qual for o caminho

Vai haver o tal desfecho

Uma vida sozinho

Ou a morte que prevejo



Ricardo Costa

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