terça-feira, 17 de agosto de 2010

No começar de uma morte!

Pede um segredo, uma estrela apagada,
e escreve um som desconhecido.

Abre uma porta, um cuspir das verdades,
e senta-te num lugar mal situado sob a calçada.

Liga ao mundo:112;
chama a chama do fogo e da chuva fresca de verão,
escuta nua de alma e espírito
a tua tristeza simulada em contentamentos.

Rasga as roupas, e os quadros,
corre para os candeeiros de rua e seus próprios monstros.

Tudo és tu: sentir; gritos que dás,
toda a musica se cala para os teus devaneios.

Não queres;
E não querendo;
Indecisa:insegura;
Fechas as pálpebras em sintonia.

Nada se faz, só tu,
um longo adeus num suicídio programado.

Tudo:Nada;
Nada:Tudo;

Tu num fim da existência
e no começar de uma morte!

Ricardo Costa

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