E a chuva cai
como de uma torneira ligeiramente aberta.
O cinzento reina
em terras de Sol dourado,
enquanto as raízes do frio
sobem lentamente as paredes
de uma casa
tristemente habitada.
Há um amor perdido
como uma gaivota sente a falta do vento.
Só um chato tráfego de nuvens,
de cá para lá,
e um tempo de ira
que faz vaguear a memória para
outros dias,
outros calores
e sabores de uma alegria
agora ao relento.
São visitas inesperadas
estes Invernos repentinos e malfadados.
E aí existe um triste adeus,
a todo o Verão
e ao antigo céu mais limpo.
Malditos tempos,
que fazem os gritos loucos
as temperaturas descer!
Estes calafrios de agonia
e o choro pela tristeza do dia.
Só vale a pena fechar os olhos
e esperar,
mão no coração
e olhos no céu coberto
enquanto esse Inverno turista
não volta para casa.
Ricardo Costa
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