terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pesadelo

Ó pesadelo; Deus sombrio da realidade,
Pesadelo meu em papel estendido
Sonho pelas trevas convertido,
no meu pesadelo, na minha verdade!

Floresce inútil: pesadelo! Ó vida,
desabrocha tal flor da morte
engole o vil sentir da pouca sorte,
e remete-te à tua essência esquecida.

Sente as lâminas de mil soldados;
Destituída dos anos de vida emprestados,
morres por fim! Ó vida escura!

Murcha como planta no deserto,
aguarda o teu (mau) destino incerto,
numa agonia que dura enquanto perdura!

Ricardo Costa

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