Choro de tristeza enquanto me amparo na agonia,
planeando a minha própria tortura por não a ter a meu lado.
Esta dor cresce dentro de mim lentamente e corrói-me, não sou mais eu...
Agora sei o que é sofrer, sofro quase todos os dias.
Sofro por não a ver...
Sofro por estar longe dela...
Sofro por não ver o seu sorriso e mais valia estar morto nesses momentos.
Amo-a!
Dizem que isso é bom, mas sinto-me a desmoronar por dentro...
o sentimento não é reciproco.
Julgo que ela não deve saber também, nem lhe quero dar esse desgosto,
com certeza merece melhor...
E não é este ser inacabado nascido dos pesadelos dos seus sonhos que a vai fazer feliz...
Contudo, não a deixo de amar!
Se as utopias fossem reais a minha seria com ela,
e viveríamos lá naquele mundo onde o trago da melancolia não nos poderia atingir.
Ai que saudades!
Já não a vejo à algumas horas mas mais parecem anos...
Os segundos, só para irritar, passam mais devagar e a espera para a poder ver de novo é dolorosa!
Mas nada posso fazer...
A luta não me leva a lado nenhum, nem tão pouco a conformação,
encontro-me entre a espada e a parede.
Queria poder gritar... gritar que a amo!
Correr para ela, toma-la nos meus braços e fazer juras de amor eterno...
Mas a coragem nunca foi o meu forte.
Continuo então calado,
esperando pelo momento em que a verei outra vez,
esperando ver o seu sorriso...
Amando-a em silêncio...
Ricardo Costa, O Caçador de Sonhos
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