quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dura...

Dura... Dura... Dura...
Essa sensação que me desfaz e destrói a base sobre a qual me ergo.
É ela que não me deixa seguir,
mantendo-me preso onde me possa ver sofrer.
Maldita!
Maldita a hora em que o meu coração bateu por essa pessoa,
mas... sabe tão bem!!!
Dou graças então pelo momento em que me apaixonei por ela...
Que confusão!
Já não digo coisa com coisa...
É bom e mau ao mesmo tempo mas perdi-me algures no meio,
agora só sofro...
É o que me resta por isso aceito de bom grado.
É o meu castigo...
Castigo por ama-la!
Ao menos serve de distracção... essa dor...
Ela não dura, mas atenua o efeito da outra que me vai desfazendo aos pedaços...
É a anestesia que ingiro e que me impede de entrar na escuridão.
Mas eu já nem luto, não gosto de desperdiçar o tempo em que posso pensar nela...
O pensamento e a dor variam em proporção directa,
mas não quero saber...
Faça o que fizer, cada vez a amo mais!
Permaneço sozinho lá no meu sítio,
chamando a dor para perto de mim e apertando-a de encontro ao meu peito onde ela se sentirá à vontade...
As lágrimas percorrem-me o rosto triste,
e aquela sensação permanece lá... aquela que dura, dura, dura...
Ela lá vai durando...
O meu amor também,
enquanto penso nela...

Ricardo Costa, O Caçador de Sonhos

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