terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Capítulo I - A (In)felicidade

Rio enquanto choro,
mesmo assim não percebo a felicidade, agora choro enquanto rio...
a coisa é a mesma...!
Sou desconhecedor da verdade...
o meu pai não me deixou essa herança e eu rogo-lhe pragas por tal coisa.
Já fui a todas as bibliotecas mas nenhum livro me ajudou...
contudo, apreciei um deles...
qual é o título?
"Mata-me e descobrirás!"
Mas mato quem? Não cheguei a descobrir...
o meu curso superior não chega para isso, de qualquer das maneiras nem cheguei a concluí-lo.
Já não sei a quantas ando...
será que estou triste? Será que estou contente?
A puta da felicidade baralha-me e nem a isso respondo direito...
refugio-me na bebida, ao menos sei o que ela é, e a distracção que ela me traz é bem aceite.
Este calor sabe bem... sinto-me imortal...
as balas que aquele assaltante disparou provaram o contrário!
Por sorte não me acertaram...
acertaram naquela minha amiga que me acompanha desde criança...
sim essa... a dúvida...
ela está em coma agora!
E eu? Estou triste? Estou contente?
Continuo sem saber, e esta ressaca nem me deixa levantar da cama...
a cabeça pesa-me... não tenho forças...
pego nas páginas amarelas à procura de ajuda, qual acto de desespero...
ligo para o escritório do Caçador de Sonhos, aquele que tudo sabe,
mas ele não está... foi de férias...
desligo e permaneço deitado...
triste?
contente?
Não sei... não percebo a felicidade...
ou será infelicidade?

Ricardo Costa, O Caçador de Sonhos

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