quinta-feira, 17 de junho de 2010

Memórias de uma ave

Estica as asas vagarosamente
Ave livre do paraíso
Colorida tão estranhamente
Voando sobre o chão que piso.

Olha em volta o seu poiso
Chilreando canto desafinado
Som que aos ouvidos eu oiço
Deixando-me extasiado.

Fecha as asas em voo picado
Bico aberto, garra mortal
Sua presa! Pobre coitado
Caracol que a ninguém fez mal.

Vai-se embora, minha ave
Papo cheio e bagagem feita
Vai para onde? Ninguém sabe
Essa ave de vida suspeita.

Ricardo Costa

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