Estica as asas vagarosamente
Ave livre do paraíso
Colorida tão estranhamente
Voando sobre o chão que piso.
Olha em volta o seu poiso
Chilreando canto desafinado
Som que aos ouvidos eu oiço
Deixando-me extasiado.
Fecha as asas em voo picado
Bico aberto, garra mortal
Sua presa! Pobre coitado
Caracol que a ninguém fez mal.
Vai-se embora, minha ave
Papo cheio e bagagem feita
Vai para onde? Ninguém sabe
Essa ave de vida suspeita.
Ricardo Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário