terça-feira, 1 de junho de 2010

Vivo da memória

Vivo da memória,
enquanto a chuva cai
nas sinuosas curvas que
derramam o sol sobre
as sombras do meu corpo!

O passado acompanha-me...

Sou ser nostálgico...
Da realidade da fotografia
tiro ânsias de não ser
no presente...
O masoquismo de querer
a solidão tira-me
o apetite de descobertas!
Continuo a fazer o filme antigo
e vivo,
a preto e branco!

São as cores que me fazem ver...

Choro lágrimas secas
por cima do deserto de sensações.
Quero de novo,
quero outra vez e mais uma vez...
Vivo da memória,
e no livro da história
abraço a nostalgia da vida
que se afoga no tempo...

Perdida!

Ricardo Costa, para a Laëtitia

Sem comentários:

Enviar um comentário