quinta-feira, 17 de junho de 2010

Valquíria

Vai-se perdendo lentamente
No seu girar inconsciente

Nos campos coloridos
Vento forte
Dispersas para o norte
Quais momentos perdidos
constroem sua sorte

No vendaval de águas
Onde se afogam suas mágoas!

Cai o seu tempo
Flores brotam do chão
Antro de perdição
Com um qualquer desalento
Te queima o coração

Vai-se escorrendo o final
Piando um pardal

Leva na boca a flor
Valquíria que cresceu
Quando colhida, morreu
Sendo a sua dor
Não mais peso teu.

Lentamente se perdeu
Cheiro no ar que esmoreceu

Amargo gosto da dor
Que perdido, vai com a flor!

Ficando só, em embaraços
Amor plantado nos teus braços.

Ricardo Costa

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