Quem sentiu o vento?
A leve brisa
que fustigou os cabelos,
e dançou
com as areias
do jardim encantado.
Eu não senti!
Sentis-te?
Quem sentiu o vento?
O rio de ar
que faz corridas e
brincadeiras de criança
com os dias,
amigos chegados.
Tu não sentis-te.
Senti eu?
Quem sentiu o vento?
O acentuado fluir
da alegria que movimenta
o papagaio de papel
sob o sol amarelo,
com a preguiça do acordar.
Quem sentiu o vento?
Eu não senti.
Tu não sentis-te.
Contudo,
ele continua a soprar
as suas notas desafinadas.
Sentes agora?
Não...
Nem eu!
Ricardo Costa
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