terça-feira, 20 de julho de 2010

Quem sentiu o vento?

Quem sentiu o vento?

A leve brisa
que fustigou os cabelos,
e dançou
com as areias
do jardim encantado.

Eu não senti!

Sentis-te?

Quem sentiu o vento?

O rio de ar
que faz corridas e
brincadeiras de criança
com os dias,
amigos chegados.

Tu não sentis-te.

Senti eu?

Quem sentiu o vento?

O acentuado fluir
da alegria que movimenta
o papagaio de papel
sob o sol amarelo,
com a preguiça do acordar.

Quem sentiu o vento?

Eu não senti.

Tu não sentis-te.

Contudo,
ele continua a soprar
as suas notas desafinadas.

Sentes agora?

Não...

Nem eu!

Ricardo Costa

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